Devido ao período de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus (COVID-19), inúmeras pessoas tiveram seu desenvolvimento profissional dificultado. A partir do mês de março de 2020, foi decretada a quarentena no Brasil, o que gerou a necessidade do fechamento de comércios, escolas, universidades e todos meios de trabalho que não se encaixavam na lista de serviços essenciais.
Cresça profissionalmente durante a quarentena | Unsplash
Essa pausa fundamental acabou atrasando os planos e o crescimento profissional da população em geral. Além disso, fez crescer uma preocupação sobre o tempo de evolução perdido nos estudos ou no trabalho. Assim, os cidadãos começaram a procurar meios de adaptação à situação e de não se sentirem atrasados em relação aos seus objetivos.
Cursos EAD
Não só no meio estudantil, formado por alunos que ainda frequentavam o colégio e por universitários, mas também para os trabalhadores em geral, popularizou-se a ideia dos cursos on-line, especialmente sem custo. Além de fornecerem mais conhecimento e qualificação, boa parte também disponibiliza certificados que validam a especialização do indivíduo. Tais certificações são ótimas formas de preencher o currículo para uma possível contratação.
Há cursos virtuais de inúmeras áreas do conhecimento: com uma busca aprofundada, fica mais fácil encontrar um do seu interesse e que possa ser relevante para o seu campo profissional. Como citado acima, a preferência por inclusão de certificados gratuitos tornou-se generalizada, e vários institutos com ensino a distância que apresentam esse diferencial acabaram beneficiando-se com a procura. Alguns exemplos são: Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), Universidade de São Paulo (USP) - por meio do seu Serviço de Cultura e Extensão Universitária, Coursera, Portal de Cursos Abertos (PoCA) que surgiu de uma iniciativa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Candido Mendes (UCAM), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outros. Algumas faculdades decidiram fazer parcerias com sites já existentes, um exemplo é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com o Coursera.
Home office
Neste período, novas características começaram a ser exigidas pelo mercado de trabalho, principalmente quando tratava-se de experiência com tecnologias. Inúmeros profissionais foram pressionados pela situação global a adaptarem-se ao home office. A utilização de cursos EAD sobre Excel ou que ensinem noções básicas de computação são opções extremamente válidas para estar mais preparado para trabalhar em casa.
Ademais, é possível enxergar uma maior facilidade de encaixar esses estudos na rotina do brasileiro em quarentena, visto que agora é mais fácil ter um tempo livre, que antes era utilizado para locomoção. Assim, a realização de atividades intelectuais mais produtivas aumenta dentro da própria residência.
Uma das consequências da pandemia e do isolamento é o desemprego. De acordo com dados do IBGE, só entre maio e julho o número de desempregados aumentou 20,9% no Brasil; já a quantidade de Microempreendedores Individuais (MEIs) subiu 12,6% no primeiro trimestre, segundo a Boa Vista Serviços. Para os profissionais autônomos e empreendedores, esse foi o momento que se consolidou a necessidade de reinventar-se e tentar começar seu próprio negócio, desde meios mais simples como entrega de alimentos caseiros e produção de máscaras, até a abertura de empresas maiores.
Empreender durante o período não é fácil, mas abre portas para muita gente. É importante apurar a criatividade e o senso de inovação a fim de fornecer serviços que se destaquem e tragam lucro para o seu bolso. Uma parte dos indivíduos escolhe aprofundar-se nas questões de investimento e financiamento. Entretanto, há também vários outros meios disponíveis para o aperfeiçoamento rumo ao "novo normal".