Quando o mundo passa por crises, sejam elas econômicas, políticas, sociais e até mesmo humanitárias, o papel da mulher não deixa de ser afetado.
A formação educacional é um dos exemplos onde mais elas são impactadas.
Atualmente, com a pandemia, professoras e profissionais da educação passaram a assumir vários papéis para promoção do ensino e as mães e cuidadoras passaram a se responsabilizar mais ainda pela educação dos filhos.
Dois exemplos atuais e comuns do reflexo da crise atual na rotina feminina.
Mas é quando a crise é também nacional?
Países em crise
Em países, com conflitos internos, o contexto comum a todos torna-se ainda mais difícil, como no caso do Afeganistão.
Na semana passada, o país do Oriente Médio passou por mais um grande abalo com a retomada do Talibã, grupo radical islâmico, após 20 anos longe do poder.
E com isso a formação educacional foi colocada em risco, especialmente, para as mulheres, já que o grupo impõe a aplicação estrita da lei islâmica - que restringe os direitos femininos. Além disso, a perseguição e a violência são marcas do grupo.
O caso de maior repercussão relacionado aos ataques do grupo à educação e às mulheres aconteceu em 2012, com Malala Yousafzai. A estudante, que já era atuante na defesa do direito à educação para meninas e adolescentes, foi alvo de um ataque na saída da escola em seu país, Paquistão.
Baleada, Malala sobreviveu e continuou sua luta pelo direito à educação, sendo inclusive ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, em 2014, pelo seu exemplo e luta.
O cotidiano de medo voltou no Afeganistão e o acesso à educação de meninas e adolescentes tornou-se novamente algo incerto.
Mas nem só no Afeganistão as mulheres passaram e passam por lutas históricas pela educação e liberdade.
Aqui mesmo, no Brasil, as mulheres passaram por diversas fases e mudanças, desde o período colonial até chegar aos dias atuais, conquistando espaços acadêmicos e profissionais, sendo inclusive maioria como alunas e professoras.
Novos caminhos e soluções
Viver em tempos de crises, sejam elas globais ou nacionais, é uma barreira a mais para estudar e desenvolver profissionalmente.
Barreira esta que para as mulheres é maior ainda pelo acúmulo de funções, contexto de cada país e condições socioeconômicas.
Soluções não são fáceis nesse sentido.
Elas, que historicamente passaram e passam por contextos desafiadores, mais uma vez terão que se unir e resistir para conquistarem seus próprios caminhos, contando com o apoio dos demais envolvidos no setor educacional e de políticas públicas.