Continuando nossa Odisseia através do tempo, fazemos parte do mundo ocidental fruto da cultura greco/romana/cristã e assim como no poema épico de Homero que nos conta os inúmeros percalços de Ulisses em seu regresso à Ítaca após sua vitoriosa Guerra de Tróia, vamos nos embrenhando em nossa jornada pelas trilhas do saber dentro dos tempos modernos onde finalmente o ocidente /oriente se encontram e travam uma nova forma de guerra: INFORMAÇÃO .
A Via Apia foi a uma das inúmeras estradas construídas pelo império romano e desde então o mundo foi ficando um todo indivisível. Hoje olhamos a via Láctea através das naves espaciais monitoradas a partir da Terra construindo novas trilhas. Seja por terra, água ou ar nosso o planeta Terra transformou-se na famosa aldeia global conceituada por Marshall McLuhan e a pandemia decretada pela OMS comprova seu acerto.
Nesta nova era repleta de transformações, tudo e todos estarão interligados na chamada 5G e industria 4.0 trazendo mudanças revolucionarias com toda uma informatização embarcada em “tudo”. Assistimos nas ultimas décadas inúmeros postos de trabalho sendo substituídos por computadores hoje miniaturizados nos Smartphones/tablets. O elo desta corrente chama-se CONECTIVIDADE.
A Covid-19 paralisou o mundo e num futuro próximo será visto como um marco histórico, daqueles que até pouco tempo aprendíamos nos livros escolares. Em 2020 eventos mundiais foram adiados e provocou o isolamento social. As escolas improvisaram as pressas o atendimento remoto e um quadro de stress total assombram os docentes, misturado com a inexistência de uma formação continuada nas redes educacionais nos deixam incertos quanto ao estrago deixado que afetará nossos alunos cujos prejuízos ainda não dimensionamos e suas trajetórias escolares ficarão marcados para sempre.
Diante dos inúmeros desafios existentes possuímos uma escola conservadora em sua natureza, resistente às mudanças num modelo de funcionamento em grades horárias rígidas , conhecimentos compartimentados e sistema de avaliação classificatória , excludente e falha em vários aspectos. Esta instituição arcaica caminha os trancos e barrancos e respira agonizante na UTI da historia. Conteúdos “ministrados a cuspe e giz”, de forma fragmentados e um professor num papel de ator principal no palco tendo uma plateia de alunos passivos, adormecidos no mundo da lua.
Desde a década de 90 sabemos da necessidade de um trabalho interdisciplinar. Parece simples mas nem tanto. Continuamos “cada qual no seu quadrado”. O uso das modernas tecnologias é inexistente. Laboratórios desativados, sucateados e todo apoio em termos de softwares educacionais ( Linux Educacional) descontinuados. Em seu olhar retrógrado o MEC em vez de projetar o futuro encontra-se numa disputa ideológica, numa proposta elitista de homeschooling : precisamos de politicas publicas universais que mire no futuro.
Não é hora de apontar culpados e sim iniciar o muito apropriado termo Educação digital . A nossa conectividade necessita ser encarada como o primeiro passo. O acesso as redes deve ser democrático mas como vivemos o tempo das hastags #SQN (só que não), o discurso excludente e elitista quando negócio é a Educação é um termo para poucos.
As redes sociais trouxeram uma horizontalidade e deram voz a todos, numa espécie de nova democracia……. assim seria se não fosse o lado oculto dos perfis e não existissem os robôs , as Fakes News disseminando desinformação e trazendo confusão e difamação.
Engatinhamos rumo à Educação digital, e o quadro deficiente em dados atualizados sugerem um panorama sombrio, incerto e repleto de obstáculos. Por enquanto só estamos tratando de uma das variáveis e condição sem a qual todo o restante não se plugará.
Se a conectividade não for oferecida para todos, estaremos diante de uma sociedade cada vez mais excludente que marginaliza a maioria da população criando uma imensa barreira entre os que desfrutarão deste admirável mundo novo e a alegoria das cavernas dePlatão.
A base desses escritos datam de 2011 (ou seja, uma década atrás) e na revisão apenas alguns detalhes estão sendo rescritos . A Odisseia continua…
Utilizamos a WIKIPÉDIA como principal fonte de informação para os links externos, afinal, os usos destas ferramentas digitais é essencial. Não muito distante no tempo, quando era estudante utilizava as enciclopédias disponíveis na época como Barsa, Delta Larrouse, Britânica etc…e minhas pesquisas davam calos nos dedos e nunca me ensinaram direito como pesquisar e até hoje esta é uma das grandes falhas de nossas escolas.
#MELHORES PRÁTICAS#TENDENCIAS#PROFESSOR DIGITAL#EDUCACAO MIDIATICA#ESCOLADIGITAL