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Eu sei kung fu: A aprendizagem em tempos de Matrix

Eu sei kung fu: A aprendizagem em tempos de Matrix
Luciano Sathler
jan. 3 - 3 min de leitura
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Em preparação para assistir o novo episódio no telão, revi o primeiro filme da série, Matrix Reloaded, que acaba de completar 18 anos desde a sua primeira exibição.

Além de ser uma obra com amplos impactos na estética cinematográfica, seu argumento central gerou impensáveis efeitos na sociedade. Nasceram até alguns movimentos espirituais cuja doutrina se baseia nas ideias presentes no roteiro do filme.

Parece mais atual do que nunca a confusão entre o que é real e o que é simulação movida por manipulação algorítmica.

Alguns vivem com a cabeça mais alerta ao que se passa nas redes sociais do que ao que acontece no seu contexto mais próximo.

Uma das cenas do filme que marcaram época é a que mostra o processo de aprendizagem por download direto no cérebro, que permitiu ao personagem principal, interpretado por Keanu Reeves, rapidamente aprender uma série de lutas marciais e desenvolver conhecimento em outras áreas.

Em determinado momento, ele olha para a câmera e se dá conta do que acabara de acontecer. Emite então a antológica frase: “Eu sei kung fu”!

A realidade ainda está distante dessa possibilidade de aprendizagem instantânea e sem esforço – apesar de ser algo desejável para alguns.

No entanto, é inegável que se faz necessária a integração da tecnologia digital não apenas para a comunicação e gestão, mas também para apoiar a aprendizagem e o ensino, tanto no âmbito escolar e universitário quanto nas demais organizações.

Todos devem continuar a aprender ao longo da vida para manterem sua empregabilidade, sua trabalhabilidade e buscarem a autorrealização. A aprendizagem ao longo da vida desempenha um papel cada vez mais importante, especialmente em contextos profissionais.

Essa necessidade torna-se algo que pede a centralidade na aprendizagem organizacional como um fator competitivo.    

As pessoas devem ser encorajadas a se atualizarem e serem capacitadas para gerarem soluções criativas com tecnologia digital, afim de enfrentarem os desafios em diferentes arranjos de uma organização em rede.

Para atingir essa meta, os primeiros passos no processo de transformação digital precisam ser acompanhados por um diálogo constante entre gestores, equipe e especialistas – internos e externos.

Primeiramente devem ser selecionados os colaboradores que se tornarão multiplicadores da educação digital. Eles devem ser qualificados e acompanhados, para que possam realizar seu próprio desenvolvimento de forma descentralizada e consolidarem comunidades de aprendizagem conectadas.

Ao permitir e incentivar que os interessados adotem ferramentas digitais adequadas para se expressarem e terem acesso a diversas pessoas, a reflexão sobre tópicos no contexto da digitalização se dá em espaços de discussão aberta e participativa.

Ou seja, ainda que a fusão biônica – máquina / software / biológico – não esteja desenvolvida como prenunciaram os roteiristas de Matrix, a integração do digital nas estratégias de aprendizagem organizacional é algo incontornável. O que pede que todos/as nos tornemos eternos aprendizes.

Feliz 2022!  


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