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Liderança, Temperamento, Personalidade e Caráter

Liderança, Temperamento, Personalidade e Caráter
Marcelo Bessa
out. 1 - 4 min de leitura
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Que cada pessoa tem a sua própria personalidade não resta a menor dúvida. Somos seres individuais, cada um com sua história, seu temperamento e seu caráter.

Como, então, definir esses conceitos de modo simples e de forma a que se entenda como cada um deles influencia a prática da liderança?

No dia 29 de setembro, eu e mais quatro convidados participamos de um debate "ao vivo", nas redes sociais, refletindo sobre a importância da ‘linguagem colaborativa’ nas soft skills.

Tal evento, patrocinado pelo ‘Clube dos Negociadores’ contou com a presença do autor deste artigo, Marcelo Bessa, Francisco Guirado, Edilson Farias, Maria Aparecida e Hérika Paschoal.

Ao término da live, verifiquei que uma pergunta extremamente interessante havia ficado sem resposta.

“Qual seria a diferença entre personalidade e caráter?”

Na tentativa de responder essa questão, escrevo este breve artigo na esperança de que o autor da pergunta possa ler este texto, e ainda, que alguma luz possa ser trazida sobre esse assunto.

Inicialmente é importante salientar de que eu falei, durante a apresentação, sobre a necessidade e importância do autoconhecimento para o líder desenvolver e aplicar a linguagem colaborativa no dia a dia.

Nesse desenvolvimento e crescimento de si mesmo procurei destacar o conhecimento dos temperamentos como um conhecimento inicial básico e humilde para o líder.

Ressaltei os temperamentos como características do indivíduo que advém de sua carga genética e de sua compleição física, e ainda, chamei a atenção para o fato de que ninguém é prisioneiro do seu temperamento.

 De fato, é preciso conhecer as tendências comportamentais que se baseiam nos temperamentos para, a partir daí, ser possível aproveitar melhor as qualidades inerentes dos comportamentos individuais e passar a desenvolver os pontos menos fortes, ao longo da jornada da liderança e da vida.

Ao explicar esse conceito inicial, citei o desenvolvimento do caráter e da personalidade aplicada à prática da liderança, e imagino que, neste momento, deva ter sido realizada a ótima pergunta, via chat, a qual não teve tempo de ser colocada em discussão durante a live.

Afinal, qual a relação entre temperamento, caráter e personalidade?

De modo a ficar mais claro, é necessário compreender que o caráter de um indivíduo é afetado pelas condições de vida, pelo ambiente em que esta pessoa vive e por suas condições sociais, inclusive.

Saliento mais uma vez de que não somos prisioneiros de nosso ambiente social e, a medida que somos afetados por ele, podemos ainda ser agentes de mudança e agentes transformadores.

O caráter compreende os valores morais, as virtudes, a ética e as crenças de uma pessoa.

E, ao compreendermos que os temperamentos tem origem física e o caráter possui sua origem no ambiente, podemos, então, falar da personalidade humana.

A personalidade engloba ambos os aspectos.

Dessa forma, a pessoa ao trabalhar ou não o seu próprio desenvolvimento está sendo livre para priorizar quem terá mais peso na sua personalidade: o seu temperamento ou o seu caráter.

Ao escolher o caráter como “mola mestra” de sua vida, a virtude da temperança começa a ser desenvolvida e, assim, começa a moldar o seu temperamento.

A partir daí, o cidadão inicia sua jornada para a liberdade de ser senhor da sua própria vida e líder do seu destino.

O que observamos, na prática, é que muitas vezes as pessoas utilizam as palavras ‘personalidade’ e ‘caráter’ como sinônimos.

Em última análise, essas palavras se sobrepõem quando consideramos o caráter como um conjunto de características comportamentais individuais, visto que, normalmente, qualquer sociedade possui uma bagagem cultural e moral bem estabelecida.

Podemos concluir afirmando que a essência da liderança é o caráter e que, para o nascimento e crescimento do verdadeiro líder, se faz necessário o autoconhecimento inicial e posterior conhecimento dos vários perfis da personalidade humana.

Isso irá facilitar a interação e o relacionamento com os colegas, bem como o uso da linguagem colaborativa no ambiente de trabalho. Você concorda?

 

Virtus In Arduis

 


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