Vamos iniciar uma série de postagens a respeito de nossa inserção digital. É um desafio posto para nós educadores e há mais de uma década tenho refletido a respeito e seu ponto de partida foi inspirado por Gilberto Dimenstein num artigo de 2011 clique AQUI : como podemos nos transformar num professor digital? Para muitos pode ser uma leitura desnecessária.
Preparados:
Primeiramente, existe um diferencial significativo em relação ao tempo que passamos na frente de uma tela digital, quando comparado com o tempo que os nativos digitais passam:
Nossos jovens estão conectados 24 horas por dia, 168 horas por semana e 5.040 horas por mês.
Exagero à parte, corte esses números pela metade. Isso explica porque eles estão anos luz em relação a nós. Estabelecer uma rotina frente à tela digital e ter uma meta a ser atingida diariamente, pode ser um primeiro passo. Como sugestão, que tal 03h30min horas semanais (30 minutos diários), você pode determinar o tempo que tiver disponível. Evidentemente que este processo passa pela apropriação das ferramentas que vão do mouse, teclado, computador num primeiro momento, juntamente com a utilização dos programas e aplicativos.
Somos de uma geração televisiva. Entre uma tela de computador e uma de televisão, gastamos mais tempo na segunda. Essa mudança de hábito não foi incorporada em nossas vidas. Desde o aparecimento dos controles remotos, videocassetes, DVD's, celulares e todo tipo de gadgets, que abrimos mão de aprender a manuseá-los e deixamos para nossos filhos que são experts ou pedimos ajuda para outras pessoas, perdendo assim uma oportunidade de aprender fazendo.
Dedicar algum tempo para ver os e-mails, entrar nas redes sociais e agora participar deste ambiente virtual, "aparentemente" não custa nada. Se você acessa a internet...entrar no nosso espaço para ver o que está acontecendo, saber das novidades é o passo inicial.
Nossa inclusão digital está passando da hora. A utilização do computador/internet em nossas escolas e salas de aula passa pela apropriação do professor desta ferramenta poderosa.
Não faz parte de nossa formação essa apropriação, utilização e divulgação ?
Enquanto formadores, incentivar o uso do computador/internet não é nosso papel ?
Estamos esperando o quê ou quem ?
Quando fazemos essas perguntas estamos convidando a todos para este diálogo, reflexão e análise. Tudo é muito recente. Um poeta já bem disse :
”…caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.."
Uma das possibilidades deste AVA (ambiente virtual de aprendizagem) é essa comunicação assíncrona, ou seja, podemos responder em outro momento, em qualquer lugar. Habituarmos com este debate que vai ocorrendo aos poucos, acompanhar a linha do pensamento que vai ficando registrado e particularmente, vejo uma característica facilitadora: o emocional controlado, com a revisão do que está sendo dito. Este processo de fala/escrita necessita ser praticado por nós como uma atividade cotidiana. São reflexões abertas e neste espaço blog que todos nós possuímos vamos pontuando nossas análises, impressões e reflexões . Bem-vindos à Web 2.0 *…
PS você deve ter achado estranho a questão do AVA, e me explico melhor: essas reflexões são resultantes da análise que estou realizando, da experiência promovida pelo núcleo de monitoramento pedagógico de Taguatinga, o qual estou ligado. Trata-se da utilização da plataforma Moodle, como uma possibilidade de trabalho nesses tempos digitais. Como já foi dito, este é apenas o primeiro post de uma série que pretendemos colocar semanalmente, por isso a numeração. Deixe seu comentário, crítica, sugestão. Obrigado.
* texto escrito em 31 de março de 2011