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Professor, você está preparado para o futuro?

Professor, você está preparado para o futuro?
Danillo Xavier Saes
mar. 23 - 6 min de leitura
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Se você viveu na década de 1980 como eu, provavelmente deve ter assistido ao filme De Volta para o Futuro. Se não assistiu, você merece um puxão de orelha! Brincadeira! Mas, espero que ao terminar de ler este post você se programe para assistir essa trilogia cheia aventura, diversão, ficção e muito aprendizado que te preparar para o futuro.

Comecei dessa forma para fazer uma breve reflexão contigo, como está proposto no título do artigo: “Você está preparado para o futuro?”. Muita coisa que foi relatada em Back to the Future, na época, era ficcional. Viagem no tempo, carros voadores, televisores de tela plana, assistentes virtuais com comando de voz, robôs que fazem a recepção em uma lanchonete e, pasmem, até enviar fax.

Muitas dessas tecnologias, até então inexistentes na época, tornaram-se realidade antes mesmo do que o filme previa, visto que no filme 2 a viagem ao futuro acontece no ano de 2015 que, para nós, já é passado.

Inclusive, há alguns anos atrás eu gravei um vídeo a respeito desse assunto, para um projeto que eu criei como Coordenador de Cursos da EAD Unicesumar, o PapoStart. Você pode conferir o vídeo:

Pessoas e empresas que olhavam para a ficção de 1989 (ano em que o segundo filme chegou ao Brasil) não depositavam crédito em que diversos itens poderiam se transformar em produtos ou serviços reais. Basta você olhar ao seu redor e ver que muita coisa mencionada no parágrafo anterior faz parte do nosso cotidiano.

Então, meu caro e minha cara, o “futuro” da década de 80 chegou. Você se preparou para esse futuro ou foi “atropelado” por ele? Fazendo um trocadilho com a máquina do tempo utilizada no filme De volta para o Futuro.

Trago agora essa provocação para nossa realidade como Professores. Então, questione-se:

  • Sou um Professor do Futuro?
  • Sou um Professor Obsoleto?
  • Me preparo para as novas tecnologias educacionais?

Nosso ofício sempre foi carregado de responsabilidade e respeito, apesar de ser uma profissão que deveria ter uma maior valorização, mas isso é outro assunto. Nós, professores, temos muito o que aprender com essa analogia, especialmente no sentido do questionamento inicial proposto neste texto: “Você está preparado para o futuro?”

Agora, quero fazer um ping-pong com você. Vou colocar 4 afirmações provocativas e você deverá refletir e responder, no seu pensamento, no bloco de notas ou, caso se sinta à vontade, pode até registrar nos comentários deste post, se essa funcionalidade estiver disponível. Vamos lá?

  1. A cada aula que ministro procuro inovar a metodologia, exemplos e abordagens.
  2. Estou atento às tecnologias educacionais e procuro encaixá-las de acordo com a aula que será ministrada.
  3. Tenho desenvolvido novas habilidades cognitivas (como letramento digital, por exemplo), competências digitais e competências emocionais?
  4. Procuro proporcionar aos alunos reflexões que os façam ter crescimento pessoal e crescimento profissional, levando mais a uma aprendizagem significativa?

Claro que existem realidades limitadoras. Essas, muitas vezes, são freios para as provocações acima. Mas, como professores, somos “cabeças pensantes” e precisamos buscar alternativas para que estes freios sejam substituídos pela aceleração. Isso deve estar amarrado diretamente ao desenvolvimento de novas habilidades e competências. Quer um exemplo prático?

Conheço uma Pedagoga com competência e experiência que atua na rede pública de ensino, em uma escola de Educação Especial. No início da pandemia a maioria dos professores desconheciam diversos recursos tecnológicos. Coloco isso com dois vieses:

  1. Me compadecendo com o cenário;
  2. Com tom de “como isso é possível em pleno ano de 2020?”.

Somado a isso, a infraestrutura tecnológica disponível na escola, mantida por convênio com o Estado e com campanhas beneficentes, era (e ainda é) extremamente limitada. Conseguiu imaginar o tamanho do desafio enfrentado?

Ela e seu time de professores(as) enfrentaram (e ainda enfrentam) inúmeras dificuldades tecnológicas, especialmente pelo contexto da carência financeira e falta de acesso à tecnologia que os próprios alunos têm. Esse cenário comprova os números divulgados em Abril/2020 pelo Canaltech a respeito sobre o acesso à tecnologia no Brasil. Na época, 25% dos brasileiros não tinham acesso à Internet.

Em um cenário como esse não é possível pensar em um Sistema de Gestão de Aprendizagem (LMS), gravações de vídeos com excelente qualidade, edições bem elaboradas ou, até mesmo, um simples compartilhamento de arquivos na nuvem. Afinal, muitas famílias nem sabem o significado tecnológico do termo “nuvem”.

Percebe que a conjuntura real vivenciada por esse time de professores teve mais situações adversas do que motivadoras. Mas, como pontuei acima, é preciso pelo menos tentar substituir o freio pelo acelerador.

O recurso mais democrático e que conseguiriam alcançar a maioria dos alunos e suas famílias foi o Whatsapp. Esse aplicativo de mensagens, mesmo não sendo voltado para o processo de ensino e aprendizagem, foi o Salvador da Pátria! Por meio de Grupos de Whatsapp, cada professor(a) consegue comunicar-se com seus alunos e, se necessário, realizam o atendimento individual, inclusive com orientações aos familiares.

Para aquelas famílias sem acesso à tecnologia, a logística física de envio de atividades entra em cena, respeitando todos os protocolos sanitários, justamente para atender a necessidade do aluno e fazer o melhor possível para ele, mesmo com toda limitação existente. Eis, na prática, o freio sendo substituído pelo acelerador. Percebe?

Tem uma frase que é um clichê de muitas palestras motivacionais, mas que neste cenário faz todo sentido: Quem não quer arruma uma desculpa. Quem quer, arranja um jeito!

Professores(as), o futuro é inevitável e incerto. É preciso aprender com o passado, aplicar o aprendizado no presente e se preparar para os desafios vindouros, bem como para a colheita de tudo que plantarmos hoje.

Por isso, se preparar para transformações digitais que impactam a nossa honrosa profissão, é necessário para a manutenção de nosso trabalho e, consequentemente, nosso crescimento profissional.

Espero que estas provocações possam fazer você se movimentar e querer, cada vez mais, fazer a diferença na vida dos seus alunos. Por isso, aprenda com os desafios superados no passado, faça o melhor possível no presente e prepare-se, intensamente, para o futuro.

Um abraço! Deus te abençoe!

Prof. Danillo Saes
www.danillosaes.com
@danillosaes

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